segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uma pedra no fundo do mar

Hoje sou apenas mais uma pedra no fundo do mar Hoje, sou uma pedra no fundo do mar.
Nada ouço, nada sinto e nada vejo.
Esqueço essa dor profunda de amar,
Porque diminuí-la é o meu desejo !

Todos os sons me chegam com mais clareza,
As ondas embalam os meus pensamentos.
O tempo passa… Já nem tenho certeza…
Lá ao longe vão ficando os meus tormentos.

Porque amar será sempre também sofre,
Uma dor que é intensa e tão profunda,
Que me domina, imóvel e moribunda.

Os peixes passam, olham com indiferença,
No meu interior procuro a mudança.
Será o amor uma forma de morrer ?

2010 Vasco de Sousa
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